quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Senado aprova projeto do novo Código Florestal 




Com 26 emendas acatad as pelo relator e 60 rejeitadas,  a votação do novo  Código   Florestal foi concluída no fim da noite pelo Senado. O relator, senador Jorge  Viana  (PT-AC), acolheu 20 emendas de  mérito e  seis  de redação que mudam pouco os contornos gerais do texto que ele defendeu
 hoje (6) em plenário. Entre as emendas acolhidas por Viana, apenas três trazem acréscimos relevantes  ao texto. A primeira delas trata de bacias hidrográficas e determina que quando elas  estiverem em situação crítica de desmatamento, o governo poderá aumentar o percentual de recuperação das áreas de preservação permanente.

A segunda emenda considerada relevante pelo relator e pelo governo trata de critérios para produção em apicuns – que são vegetações que convivem  com os mangues. As atividades produtivas que até então estavam proibidas  no texto, passarão a ser permitidas em até 10% da área do apicum na Amazônia e em até 35% em outros biomas.

A terceira emenda permite aos estados que tiverem mais de 65% de suas áreas em unidades de conservação, como terras indígenas ou florestas, reduzir de 80%  para 50% a reserva legal que precisa ser mantida pelas propriedades rurais. A necessidade dessa redução, no entanto, precisa ser apontada pelo Zoneamento  Ecológico Econômico (ZEE) e aprovada pelos conselhos estaduais de meio ambiente. 

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o novo código aprovado pelo Senado representa um avanço. Ela compareceu ao Senado no fim da votação e  admitiu que o governo precisará encontrar uma nova forma de trabalhar  para coibir o desmatamento e promover o reflorestamento. “Mais do que fiscalização, ele [o código]  promove um maior controle social. Ele prevê, por exemplo, a suspensão do crédito para os produtores  que estiverem irregulares com as questões ambientais”, explicou.

O texto segue agora para a Câmara, onde os deputados irão votar se acatam integral ou parcialmente o substitutivo do relator Jorge Viana. Eles podem ainda rejeitar  completamente  o texto do Senado e retomar o projeto original aprovado na Casa.
Fonte: Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 07/12/2011 | 09h35 | Meio Ambiente